O MISTÉRIO DE JULIO VERNE.
Verne previu algo parecido com a
internet em uma peça inédita até o final do século XX (“Paris no século XX”). E
não foi publicada na sua época por causa da sua concepção catastrófica da vida
e da sociedade, curiosamente, muito semelhante à atual. Verne também imaginou a
televisão e o helicóptero, assim como a subida ao poder do Nacional Socialismo
na figura de Hitler. O primeiro submarino foi outra das suas fantasias tornadas
realidade. O maravilhoso Nautilus de “20.000 léguas submarinas” não só
deslumbrou os leitores pela sua originalidade, mas também pela auto-suficiência
do aparelho que permitia viver no mar sem tocar terra firme. No entanto, são
suas obras “Da Terra à Lua” e “Em volta da Lua”, que alicerçaram a fama
profética de Verne. Nelas, o escritor fornece detalhes precisos que,
posteriormente, deixaram os especialistas chocados quando o homem pôs o pé na
Lua pela primeira vez. Nesses romances Verne escolheu os EUA como país
financiador do projeto e o estado da Flórida para o lançamento; um lugar muito
próximo do Cabo Canaveral. E ainda mais: no romance, a aterragem também ocorre
no mar, a apenas quatro milhas do local onde a Apollo 11 desceu. Tanto a velocidade
da cápsula como as suas dimensões se aproximam muito das reais daquele Apollo
11 tripulado, também por três astronautas. Tudo isto prova que Verne foi um
poço de ciência. Embora também exista a crença de que fez parte de uma
sociedade secreta milenar (a maçonaria) e teve acesso a dados que poucos homens
conheciam. Sua atração pela criptografia foi traduzida em muitas das suas obras
e há quem encontre um mundo oculto e esotérico até nos nomes dos seus
personagens.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A VELOCIDADE DO SOM!
Porque é que os aviões a jato
emitem um halo estranho quando ultrapassam a velocidade do som? Os aviões a
jato são máquinas incríveis que conseguem voar mais rápido do que a velocidade
do som, que é de cerca de 1.192 km/h (741 mph) ao nível do mar e 20 °C (68 °F).
Quando o fazem, por vezes criam um halo estranho à sua volta, que se parece com
um anel ou cone branco. Este fenómeno é chamado de cone de vapor ou colar de
choque e está relacionado com o estrondo sónico que a aeronave produz. Um
estrondo sónico é um ruído forte que ocorre quando um objeto viaja pelo ar mais
rapidamente do que as ondas sonoras que cria. Isto faz com que as ondas sonoras
se acumulem e formem uma onda de choque, que é uma mudança repentina de pressão
e densidade. A onda de choque viaja em forma de cone atrás da aeronave, com a
aeronave na ponta. O ângulo do cone depende da velocidade da aeronave e, quanto
mais rápida for a aeronave, mais estreito será o cone. A onda de choque afeta o
ar em redor da aeronave e diminui a sua pressão e temperatura. Isto faz com que
a humidade do ar se condense em pequenas gotículas, que formam uma nuvem
visível. A nuvem surge como um halo em redor da aeronave, seguindo o formato da
onda de choque. A nuvem desaparece rapidamente, à medida que o ar volta à
pressão e temperatura normais e as gotículas evaporam. O cone de vapor nem
sempre é visível e depende da humidade e da temperatura do ar.
Quanto maior for a humidade e
menor for a temperatura, maior será a probabilidade de formação do cone de
vapor. Depende também da altitude e do ângulo da aeronave, e é mais provável
que se forme quando a aeronave está perto do solo e a voar num ângulo
acentuado. O cone de vapor não é prejudicial para a aeronave ou para os
passageiros e não afeta o desempenho ou a estabilidade da aeronave. É apenas um
efeito visual que mostra a potência e a velocidade do avião a jato.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Os primeiros Jogos Olímpicos
Foram realizados em 776 a.C, em
Olímpia, Grécia. Esses jogos foram um evento significativo na cultura grega
antiga e marcaram o início de uma tradição que continuaria por mais de um
milênio. Eles foram realizados em Olímpia, um santuário no oeste do Peloponeso
dedicado a Zeus, o rei dos deuses gregos. Segundo a lenda, os jogos foram
fundados por Hércules (Hércules) ou por Pélope, um herói da mitologia grega, em
homenagem a Zeus. O estabelecimento histórico é atribuído ao Rei Ífito de Élis,
que, segundo a tradição, organizou os jogos para trazer paz entre os estados
gregos em guerra. Os primeiros Jogos apresentaram apenas um evento, a corrida
de estádio, que era uma curta corrida de aproximadamente 192 metros (um
estádio). Os competidores eram todos homens e tinham que ser gregos nascidos
livres. Eles competiam nus, uma prática que simbolizava os ideais gregos de
aptidão física e apreciação estética do corpo humano. Os jogos faziam parte de
um festival religioso em homenagem a Zeus, eventos atléticos eram interligados
com cerimônias religiosas, incluindo sacrifícios e oferendas aos deuses. As
Olimpíadas serviram como um evento unificador para as várias cidades-estados
gregas, promovendo um senso de identidade e cultura compartilhadas, esses jogos
foram uma das poucas vezes em que uma trégua (a trégua olímpica, ou ekecheiria)
foi observada, permitindo que atletas e espectadores viajassem com segurança de
e para Olímpia. Com o tempo, os jogos se expandiram para incluir uma variedade
de eventos, como luta livre, corrida de bigas e pentatlo (compreendendo
corrida, salto, lançamento de disco, lançamento de dardo e luta livre).
O evento era realizado a cada
quatro anos, um período conhecido como Olimpíada, isso se tornou uma forma de
marcar o tempo no mundo grego antigo, e desempenhou um papel crucial na vida
cultural da Grécia antiga, promovendo ideais de excelência (arete), competição
(agon) e honra (tempo). O registro de vencedores e eventos em Olímpia forneceu
uma das primeiras cronologias sistemáticas da história grega. As Olimpíadas
antigas inspiraram o renascimento dos Jogos Olímpicos modernos em 1896 por
Pierre de Coubertin, estabelecendo uma tradição global de competição atlética
que continua até hoje.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A PIPOCA.
As pipocas têm uma história
fascinante que remonta a milhares de anos. Este popular lanche evoluiu
humildemente nas antigas civilizações para se tornar um ícone da cultura
moderna, especialmente associado ao cinema. O milho, o ingrediente principal
das pipocas, é originário das Américas. As primeiras evidências do consumo de
pipocas remontam a mais de 5.000 anos, encontradas em escavações arqueológicas
no México. Os antigos povos indígenas já conheciam a arte de torrar os grãos de
milho para explodir suas cascas e desfrutar deste delicioso e crocante
sanduíche. Durante a época pré-colombiana, as pipocas eram consumidas por
várias culturas indígenas em toda a América, incluindo os astecas e os incas.
Não só eram comidos como alimento, mas também usados em cerimônias religiosas e
decorações. Com a chegada dos colonizadores europeus à América, as pipocas se
tornaram conhecidas na Europa. No entanto, foi só no século XIX nos EUA que as
pipocas começaram a ganhar popularidade como lanche. Em 1885, Charles Cretors
de Chicago inventou a primeira máquina comercial de pipocas, o que permitiu a
produção em massa e a venda de pipocas frescas em feiras e circos. O verdadeiro
boom da pipoca veio com a indústria cinematográfica no século XX. Durante a
Grande Depressão, a pipoca se tornou um lanche acessível e popular nos cinemas.
Os proprietários de salas de cinema começaram a instalar máquinas de pipoca em
seus lobbys, e logo as pipocas se tornaram parte integrante da experiência
cinematográfica. Atualmente, as pipocas continuam sendo um lanche muito popular
em todo o mundo. Existem muitas variedades e sabores, desde as tradicionais
pipocas amanteigadas até versões gourmet com ingredientes como caramelo, queijo
e especiarias. Além disso, a preparação de pipoca evoluiu com a tecnologia,
incluindo microondas e máquinas de ar quente. As pipocas não são apenas
deliciosas, mas também relativamente saudáveis, especialmente quando preparadas
sem excesso de gordura ou açúcares. Eles são uma boa fonte de fibras e
antioxidantes, o que os torna uma opção de lanche nutritivo. A história da
pipoca é um testemunho de como um simples grão pode transformar a cultura
alimentar e se tornar um símbolo de entretenimento e diversão. Das antigas
civilizações às modernas salas de cinema, as pipocas percorreram um longo
caminho e continuam a ser favoritas no mundo dos lanches.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A HISTÓRIA DO BANHO.
Os primeiros relatos históricos
sobre o hábito de se tomar banho remontam à época dos antigos egípcios. Atualmente,
o desenvolvimento tecnológico e medicinal nos passa uma falsa impressão de que
o hábito de tomar banhos, assim como outros cuidados com a higiene pessoal, se
aprimorou com o passar do tempo. Um dos mais famosos casos que refutam essa
afirmação se encontra na própria história do Brasil, quando os portugueses se
intrigavam com o hábito dos nativos de se banharem por diversas vezes ao dia.
Contudo, as peculiaridades sobre o banho não param por aí. Entre os antigos
egípcios é onde encontramos os mais antigos relatos sobre o hábito de se tomar
banho. Segundo documentos de mais de 3000 anos, o ato de tomar banho era
sagrado e parecia ser uma forma de purificar o espírito do indivíduo. Não por
acaso, eles tomavam cerca de três banhos em um só dia. Para muitos
especialistas, o ritual acabou afugentando essa civilização de várias epidemias
e pragas comuns à Antiguidade. Na lendária civilização cretense, os banhos
faziam parte dos intervalos que ordenavam a realização de banquetes. Sendo um
dos povos que participaram da formação da civilização grega, os cretenses
tiveram essa tradição mantida pelos povos que habitaram a Hélade. Para os
gregos, o contato com a água integrava o processo de educação de seus jovens.
De acordo com as várias representações da época, o indivíduo bem ensinado tanto
dominava a leitura, assim como praticava a natação. No decorrer da Antiguidade,
os romanos, visivelmente influenciados pela cultura grega, ampliaram a
recorrência do hábito realizando a construção das famosas termas. Uma terma
consistia em um edifício repleto de vários salões que contavam com vestiários,
saunas e diversas piscinas. Ligeiramente semelhantes aos resorts do mundo
contemporâneo, algumas dessas construções romanas também contavam com
bibliotecas, jardins e restaurantes. Se no Império Romano as pessoas não tinham
o menor pudor de se banharem nesses locais públicos, na Idade Média a coisa
mudou bastante de figura. O papa Gregório I foi um dos mais importantes
precursores do repúdio ao banho ao dizer que o contato com o corpo era via mais
próxima do pecado. Dessa forma, o tomar banho se transformou em uma atividade
anual e acontecia em um simples barril de água. Fora disso, os asseios diários
eram feitos pelo uso de panos úmidos.
Se no Ocidente a moda do banho
estava em baixa, os povos orientais trataram de manter o hábito bem ativo entre
os seus comuns. Nos países de origem turco-árabe temos ainda hoje as hamans,
luxuosas casas de banho onde os muçulmanos tomam banho, depilam, passam por
sessões de massagem, branqueiam os dentes e se maquiam. Com o advento das
Cruzadas, entre os séculos XI e XIII, o hábito de tomar banho ganhou algum
espaço nos fins da Idade Média. Nos séculos XVI e XVII, as noções de saúde e
doença mais uma vez se tornou uma afronta ao hábito de se tomar banho
regularmente. Nessa época, os médicos acreditavam que as doenças consistiam em
manifestações malignas que tomavam o corpo do indivíduo por meio de suas vias
de entrada. A partir dessa premissa, a classe médica concluiu que o banho em
excesso alargava os poros da pele e, com isso, deixava o sujeito suscetível a
uma doença. Somente no século seguinte, com a ascensão da ciência iluminista,
que o banho foi redimido como um meio de se cuidar da saúde. Contudo, as várias
décadas de uma cultura avessa ao contato do corpo com a água conseguiu manter
certa resistência ao banho. Em vários relatos do século XIX, temos a descrição
de doentes que foram obrigados a tomar banho à força. A popularização do banho
só aconteceu de fato no Ocidente a partir da década de 1930. Nessa época, a
lavagem do corpo era realizada aos sábados, mesmo dia em que as peças íntimas
das crianças eram trocadas. Após a Segunda Guerra Mundial, o processo de
reconstrução de várias casas permitiu que os chuveiros fossem disseminados por
toda a Europa. Atualmente, nosso banho deixou de ser um ato público, mas ainda
é premissa fundamental para que os outros tenham uma boa impressão da limpeza
de cada um de nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário