segunda-feira, 23 de julho de 2012

CONTOS DE SANTARÉM - 61!


MEU CUMPADRE, E O PRIMO, ...DOIS MALUCOS!!! – Contos de Santarém - 61
Meu cumpadre é uma figura sem comparação, onde a única coisa que tem na cabeça dele, é uma mulher muito gostosa, deitada, nua, dizendo: - Vem!!! – E ele tem um primo, hoje ambos já senhores, mas na mesma toada, igualzinho a ele, que na cabeça, deve ter a prima da mulher que está na dele. – Pois é! - Mas vamos a história. – Meu cumpadre tinha um escritório que ficava de frente para a rua, com uma grande vidraça de vidro na frente, onde sua mesa, era de costas para a porta de entrada, de frente para a janela de vidro, para vigiar a rua. Por que perguntariam vocês? – Respondo: - Para saber a hora de saída a tarde das mulheres pegarem o ônibus, no ponto que ficava bem em frente sua janela! – Então! - Certo dia estávamos nós calmamente conversando quando ele mais do que depressa me deixou falando sozinho, e saiu correndo porta a fora, e quando olhei para a rua, lá estava ele indo direto para o ponto de ônibus, onde uma maravilhosa morena esperava o coletivo. - Observei-o conversar com a jovem e dar-lhe seu cartão. - Beijinhos nas faces, e ei-lo que retorna todo faceiro. – Diz –me que está é a quarta do dia, e intrigado pergunto,  o que? – Diz ele: - É a quarta que dou meu cartão hoje, e qualquer hora uma acaba ligando, e a coisa pode dar valsa, rock, e até tango. – Pouco depois, lá ia ele correndo de novo para nova distribuição de cartões, e eu rindo da cara de pau da criança. E nessas idas e vindas caminhava a vida. - , E um belo dia conversando nós dois em seu escritório, eis que vimos seu primo encostar o carro ao lado do ponto de ônibus em uma tática já do pega e leva, ele muito puto, que o outro, logo da família, estava invadindo sua zona do agrião!. – Uma belíssima jovem acercou-se do carro, e a conversa pelo jeito prometia, quando não mais que de repente, encostou atrás do carro dele, sua esposa, e alí ficou parada observando a cena, e nada do conquistador perceber a coisa. Como ainda não tinha telefone celular, a coisa prometia ficar de preta para negra temerosa! – Antes da bomba atômica explodir, saímos correndo do escritório para ver como avisar o primo, que a chefa, a formidável, a potente, estava logo atrás dele, e o negócio ia feder! – Saí pela calçada do lado, e atravessei a rua mais a frente, sem que ela me percebesse, e meu cumpadre sem outra opção, foi em direção ao carro dela para distrai-la, enquanto eu avisava o primo, que a morte estava a espreita! – Quando meu cumpadre, chegou no carro dela e a chamou fazendo-a virar a cabeça para ele, eu já ao lado do primo, mais do que depressa, avisei ao animado conquistador para olhar pelo retrovisor, e na mesma toada, me mandei para a frente passando pelo carro dela, que nesta altura já estava saindo do carro, e cumprimentando-a e ao meu cumpadre, parei para conversar com ele! – O primo quando viu a cara metade pelo retrovisor com o carro parado atrás dele, e ela já em pé na rua, ao lado do meu cumpadre, com cara de nenhum amigo só disse uma coisa: - Agora fudeu!!! – Alí não tinha desculpa, não tinha como inventar nada, mas fazer o que, como já dizia meu cumpadre: - Se a patroa não pegar você peladão, os dois deitados na cama, coisa na coisa, e ainda fazendo, nhec-nhec, - NEGUE!!! – Diz que foi alucinação dela, que ela não viu nada, que você nem estava lá, que é intriga da oposição. – Que tem inveja do amor que você tem por ela! - Enfim, fale sem parar, invente, aumente, diminua, confunda, mas não deixe-a pensar. – E foi o que fez o primo, desceu do carro na maior cara de pau, enquanto a menina já pegava o ônibus e ia embora,  e ele chegando-se a ela, que de tão vermelha, parecia que aia explodir. – Ele sem perder a categoria: -  Oi amor, o que está fazendo aí? - Eu estava conversando com a Lurdinha, neta da Matilde, que foi minha babá, que trabalhou lá em casa uns 10 anos, e que mamãe perdeu o contato. – Consegui o endereço dela. - Acredita que eu carreguei essa menina no colo. - Eu to ficando é muito velho, puta merda! – E virando-se para o primo: - Vamos aproveitar que a minha linda está aqui e vamos tomar uma água de coco, que está muito calor, e lascando um beijo na face da boquiaberta mulher, que nesta altura não sabia mais o que dizer, já prometendo-se que no dia seguinte, iria a igreja se confessar e fazer penitencia por julgar tão mau seu amado, que era um homem maravilhoso!!!! - E lá foram eles para a água de cocô. – Pasmo, eu vira um mestre trabalhar,... e iludir! – Pois no fundo, toda mulher quer mesmo, é acreditar que o marido é um santo, mesmo que seja do pau oco!!!  - E lá se foram os dois malucos, pensando no próximo dia, quando meu cumpadre já tinha quatro promessas para lhe ligar, e o primo, um telefone da maravilhosa garota, que mesmo vendo a cena de dentro do ônibus, sorridente lhe mandara um beijinho!!! -  Histórias verdadeiras que se ouvisse, jurava que era mentira! – E cá entre nós, homem santo, parido, nessa vida toda só conheci um, meu querido amigo, ...o Anchieta!!!

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