sexta-feira, 21 de outubro de 2022

NEWS / ATUALIDADES. (21-10-22)

 Você tem fome de quê? – ATENÇÃO, ...MUITA ATENÇÃO!!!

Todo mundo já experimentou em algum momento da vida uma sensação de fome real. É uma função importante do nosso organismo que serve para nos lembrar de reabastecer nossos estoques de energia e nos proteger da inanição. Entretanto, nem todo desejo de se alimentar se aplica ao conceito acima. Muitas vezes, o alimento é usado para satisfazer uma necessidade emocional mais profunda, uma espécie de fome emocional. Para a maioria das pessoas, sentimentos de tristeza, saudade, carência afetiva e ansiedade podem ser amenizadas com alimentos que simbolizem algum tipo de prazer, conforto, alento ou recompensa. Estes símbolos podem estar relacionados a várias situações: alimentos preferidos na infância, sobretudo àqueles preparados pelas mães; bebidas e guloseimas usadas em festas e outros momentos felizes da família; quitandas que eram saboreadas em companhia agradável ou mesmo comidas sofisticadas associadas a momentos especiais e de glamour. Veja abaixo algumas características que diferenciam os tipos de fome: Fome física: Aumenta aos poucos; Fome emocional Aparece de repente; Fome física: Não é muito seletiva: “vontade de comer; Fome emocional: É seletiva: “vontade de tomar sorvete” Fome física:   Aparece com mais de 3 horas após uma refeição; Fome emocional: Ocorre em qualquer hora Fome física: Melhora temporariamente ao beber água Fome emocional: Continua após um copo de água Fome física: Desaparece quando estamos satisfeitos Fome emocional: Pode persistir mesmo quando se come bastante Fome física: Traz satisfação depois que se come Fome emocional: Traz culpa depois que se come  - Além disso, sabemos que alimentos como doces, chocolates e alguns tipos de carboidratos realmente proporcionam uma sensação de bem estar por aumentar indiretamente os níveis cerebrais de serotonina, uma espécie de antidepressivo natural. Até aí, tudo bem. O problema é que – como qualquer outro tipo de estímulo sensorial – quando utilizado em excesso, o organismo tende a reajustar o nível de percepção e necessitar de doses cada vez maiores para proporcionar o efeito desejado. Este é o mecanismo responsável por grande número de compulsões. Portanto, quando estivermos diante de uma fome emocional e tentarmos satisfazê-la com comida, devemos lembrar que vamos ingerir calorias extras, que não foram solicitadas pelo nosso corpo e que provavelmente não teremos sinais claros de saciedade. Nesta situação, três dicas são interessantes:1) não se prive: comer seu alimento preferido, ainda que em menor quantidade, é melhor do que ficar pensando nele o tempo todo;2) tente reprogramar seus alimentos de conforto e recompensa, procurando se alimentar com comidas mais saudáveis quando estiver feliz ou em companhias agradáveis;3) encontre outras formas de prazer além da comida. Assistir a um bom filme, ler um livro interessante, receber uma massagem, ouvir músicas, tomar um banho quente, caminhar ao ar livre, conversar ao telefone, praticar um hobby, brincar com seu bichinho de estimação... As opções são infinitas. Use sua criatividade e em pouco tempo você terá sua própria lista de alternativas para seus momentos de fome emocional.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A ARTE DE VIVER JUNTO !

Conta uma lenda dos índios Sioux que certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas a tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram: - Pai, nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nós nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. – Há algo que possamos fazer! E o velho sábio emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados, e tão ansiosos por uma palavra disse: - Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas difíceis. – Tu Nuvem Azul, deve escalar o monte ao Norte da aldeia, apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e traze-lo aqui com vida até o 3° dia depois da Lua Cheia. – E tu Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono, lá em cima encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com uma rede deverás apanha-la, trazendo-a para mim viva. Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão. No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves. O velho sábio tirou-as dos sacos e constatou que eram aves magnificas, formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido. E agora o que faremos ?  Os jovens perguntaram. Peguem as aves, e amarrem uma a outra pelos pés, com essa tira de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres. Eles fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros. A Águia e o Falcão tentaram voar, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade de voar, as aves se arremessaram uma contra a outra bicando-se até se machucarem. Então o velho sábio disse: - Jamais se esqueçam o que estão vendo, esse é meu conselho. Vocês dois, são como a Águia e o Falcão, se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. Libere a pessoa que você ama, para que ela possa voar com as próprias asas, e assim dizendo, tirou a tira de couro das aves, e ambas alçaram voos majestosas, felizes, para os céus. Essa é uma verdade no casamento, e também nas relações familiares, de amizade, e profissionais. Respeite o direito das pessoas a quem você ama, de voarem rumo ao sonho delas! A lição principal, é saber que somente livres, ... as pessoas são capazes de amar”

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

"PLANTAR BATATAS" - Por Laura Ullmann López, Juíza de Direito em Tramandaí, RS (*)

“O sistema judiciário não tem funcionado adequadamente por alguns motivos que são até mesmo óbvios. Há conflitos demais, abusos e desrespeito demais, má distribuição de renda, impostos irreais e extorsivos. Tudo isso gera processos demais. Não há juiz nem Justiça que dê conta de tantos problemas. Muitos destes problemas tem origem nas relações de consumo ou prestação de serviços, no péssimo desempenho do Estado e da administração pública em geral, e, também, no próprio ordenamento jurídico. Há necessidade de diversos ajustes, principalmente na esfera pública que sempre busca mais recursos no bolso do cidadão, por incompetência ou desonestidade, ou por ambos os motivos combinados. Tudo isto gera inconformidade, indignação e inquietação sociais, as quais terminam desaguando em um Judiciário cada vez mais estrangulado. Não há como vencer esta demanda exagerada. Alguns destes ajustes dependem de leis e adequações sociais; outros, da postura dos próprios julgadores. O Código de Defesa do Consumidor, CDC, p. ex. - e, ao contrário do que muitos afirmam - é imprestável, não protege quase nada e tem pouquíssima eficácia ou serventia. Conflitos podem levar anos para chegar a soluções que poderiam acontecer em algumas horas.  Se fosse eficaz, sequer deveria chegar-se às vias judiciais. Bastaria a ameaça de sua aplicação, para que a ordem fosse restabelecida. Deveria impor respeito pela só simples existência. É injustificável que situações de conflito, nascidas nas relações de consumo não sejam todas elas resolvidas na própria origem. Os desentendimentos deveriam ser resolvidos entre consumidor, mercado de consumo e polícia. Justiça, só em último caso. Experimente ameaçar uma operadora de telefonia com seus "direitos" de consumidor e você será derrotado no 0800, ficará enfurecido contra uma funcionária anônima, resguardada pela proteção de um telefone, treinada para despistar, enganar, derrubar ligações, fazê-lo de tolo e desistir de seus direitos. Que força tem tido o CDC contra estas gigantes? Reivindique seus direitos contra empresas do porte da Brasil Telecom, Claro, Vivo, CEEE, Banco do Brasil, Banrisul  e outras tantas, para ver se consegue algum resultado? Que eficácia tem o CDC contra adversários tão formidáveis? Pelo correto, o cidadão compraria um televisor, chegaria em casa e se não funcionasse, retornaria à loja que seria obrigada a trocá-la ou a devolver o dinheiro, instantaneamente, sem qualquer discussão ou formalidade. Na hora! Caso se sentisse prejudicada, ela, loja, que é o pólo mais forte da relação é que ficasse com o ônus da demanda e não o contrário como ocorre hoje. Se não quiser trocá-la, o cidadão liga para a polícia, fecha-se o estabelecimento e vão todos para a delegacia. Isto seria correto. Hoje, lhe dão o cartãozinho da assistência técnica, ou lhe mandam plantar batatas, ou, só a segunda opção! Isto é defesa de consumo? Um bom CDC preveria que, se o cidadão tiver de demandar para provar o seu direito, o comerciante teria sérios prejuízos. Com certeza absoluta. Um bom CDC deve apresentar solução instantânea ou não serve. Sem a presença do Judiciário. Será que algum comerciante se arriscaria? Na linha de órgãos ou entes públicos, apenas para ilustrar, o cidadão é obrigado a entregar sua declaração de renda no prazo assinado. Se atrasar, paga pesada multa e juros de mora. E o Estado, em contrapartida, tem algum prazo para a restituição? Tem multa por atraso? Não, nenhuma. Nada. Restitui quando bem entender! Sem ônus, sem dar explicações e sem ser ameaçado! Está errado. O Estado é que deve servir ao cidadão e não o contrário. As pessoas trabalham para servi-lo e nenhum governante explica para onde vai o dinheiro da CPMF. Por que muitos contribuintes não pagam o IPTU, IPVA e outros tantos impostos? Porque os valores são absurdos, abusivos, extorsivos e impagáveis. Não é sonegação, é legítima defesa. O IPTU não deveria ser problema do Judiciário, mas das prefeituras. O assunto deveria ser resolvido na esfera administrativa. O IPVA, por seu turno, é calculado com a astúcia de um picareta. A Secretaria da Fazenda lhe manda o documento seis ou oito meses antes do vencimento. Como pode ser isso, se a época do vencimento seria um ano mais velho, com valor inferior ao do rejuvenescimento operado pela receita?. É sabido e consabido que qualquer veículo desvaloriza de 10 a 15% ao ano. E para quem quiser parcelar, paga desde o primeiro mês do ano vincendo, quando o certo seria que as parcelas ocorressem somente a partir da data do vencimento da placa de seu veículo. Se a figura não é de estelionato, é algo muito próximo disto! Fatos como estes jamais poderiam ocorrer na administração pública, que deveria ser exemplo de correção e conduta Por que existe tanta sonegação? Por que existem comportamentos do Estado que a alimentam. Institua-se um imposto em níveis reais e descentes e vamos ver se a sonegação subsiste. E ainda podemos apostar em um aumento de arrecadação! O produto pirata só existe porque o original tem o preço oligofrênico. E uma das razões do preço ser estratosférico é a covarde, irracional e trapaceira carga tributária. Se um CD (compact disc) custasse R$ 5,00  não haveria pirata que sobrevivesse! Tudo isto, cedo ou tarde, deságua no Judiciário. Os magistrados não podem continuar despendendo seu exíguo tempo com as mesmas ações, contra os mesmos demandados e pelos mesmos motivos. O Ministério Público deveria pegar pesado contra tudo isso, contra estas praças de pedágio, propositadamente, mal localizadas, contra estes pardais e controladores de velocidade que existem apenas para arrecadar, contra desmatamentos e agressões à natureza, contra todo os mandos e desmandos do Estado. Os benefícios reverteriam em favor da sociedade como um todo E os deuses magistrados, bem que poderiam se fechar menos em seus gabinetes e ter mais contato com o mundo real, preocupando-se menos em baixar pilhas e mais em prestar Justiça. Qual a solução? Primeiro é necessário estancar o ingresso de tantas ações. Não existe Judiciário que comporte tamanho volume de demandas. Multiplique-se por dez o número de juízes, promotores e servidores, e nem assim se dará conta desta demanda carnívora. E como isto pode ser possível? Comece-se por um Código de Defesa do Consumidor realmente eficaz, que garanta, de imediato, o resultado dos direitos das pessoas, sem a necessidade da ordem judicial. Um CDC forte e ameaçador a ponto de o infrator saber que se o consumidor tiver de ingressar em juízo, a palavra Justiça lhe causará calafrios e lhe representará prejuízo certo. O CDC tem de ter caráter punitivo e expiatório. Algo como, não arrisque ser demandado! Quando nós, julgadores, nos dispusermos a tratar estas operadoras de telefonia, bancos, administração pública, etc, como os vilões que efetivamente são, como delinqüentes habituais, os quais estão sempre cometendo as mesmas irregularidades, os mesmos abusos, acarretando as mesmas demandas, com certeza absoluta chegaremos a um ponto em que as demandas cairão. A punição para o reincidente deveria crescer numa proporção geométrica. Contudo, haveria situações em que não bastaria a elevada pena pecuniária. Faça-se o presidente ou o diretor de uma empresa de telefonia, do banco, o secretário da fazenda, da receita federal, e toda a cúpula responsável pelos cometimentos irregulares e indevidos sentar no banco dos réus para dar explicações e vamos ver se as demandas não declinam vertiginosamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares