EU!
Sou pertencente a duas cidades,
Ribeirão Preto, onde nasci e vivi até meus 25 anos, e Santarém, onde vivo a 35
anos. O interessante é que, para Ribeirão Preto, minhas memórias pararam em
1977. As pessoas, a grande maioria, as vi pela última vez nesta data, há 35
anos atrás, ou seja, o tempo parou para mim aí! – E tenho levado cada susto
quando reencontro hoje um amigo ou amiga, e os vejo novamente agora, 35 anos
depois! – Os homens, a grande
maioria transformaram-se, estando quase
irreconhecíveis, hoje circunspectos senhores, muitos sem cabelos, outros
gordinhos, até gordões, envelhecidos, castigados pelo tempo, e muito. - Alguns guerreiros, souberam se cuidar, e
manter uma imagem correta do que foram, para lembrar alguns, caso de meus amigos,
Luís Augusto T. Olive, Carlinhos Silveira, Deguinha, Maurinho, Paulo Cagé, etc.,
todos com chassi nos trinques, e cabelos ainda na cabeça, apesar de totalmente
grisalhos – As mulheres também seguiram o mesmo padrão, muitas deixaram o tempo
levá-las, outras souberam enfrentá-lo, mantendo-se razoavelmente, e algumas, especiais,
continuam lindas na maturidade, como o caso das mamãe e vovós, todas já com
mais de 50 anos, mas maravilhosas: - Maria Dulce, minha prima, Paula, Cristina
Strang, Paulinha Silveira, Sarinha Whitaker, Eliana Silveira, e minha Nena, para
citar algumas! - Todas dando um banho de
beleza, porte, e elegância, deixando para trás toda a mulherada de 20 e poucos
anos, pois lembrando o velho ditado: - Mulheres de 50 são Leoas, e leoas, não
tem medo de gatinhas!!! . – Mas o que quero realmente salientar, é esta divisão
de tempo em que minha vida se transformou, e hoje vejo o que sofrem as pessoas,
como os militares do Exército, gerentes de banco, e outras profissóes que são obrigados a se mudarem constantemente a cada
dois anos, para outras cidades a fim de seguir suas vidas, e retornam depois de
muito tempo, a sua cidade de nascença. - A memória se embaralha, você confunde
os fatos e das pessoas, se lembra de algumas, outras são vagas lembranças. - Os
filhos também sofrem, acabam ficando sem uma identidade, pois mudam de cidade a
cada 2 anos, e tudo se torna confuso, não havendo como se falar em amigos de
infância, pois a infância foi toda ela, vivida em diversos locais, com pessoa
diferentes, e em um lapso de tempo de dois anos aproximados, que não dá para se
registrar muito em nosso cérebro! - O
que sugiro a todos que começam a vida, é que finquem pé na cidade onde
nasceram, e se dela saírem, tratem de voltar todos os anos para a mesma, a fim
de manterem contato com os amigos, o que para mim, devido a distancia de quase
4.000km, se tornou muito difícil, por isso hoje esta distorção de tempo, e
sustos nos reencontros com velhos companheiros!!! – Portanto, se cuide! - Se o corpicho esculhambou, faça uma boa reforma no visual, embeleze, recupere, ajeite tudo, para não assustar quem não te ve a muito tempo! - Lembranças da vida vivida!
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