O SHOPPING! – Contos de Santarém - 53
Estávamos de férias em Maceió
passeando com quatro casais amigos, eu, Dadá, Renatão, Pedrosinho e um outro
cristão sofredor, que não me lembro quem era,... todos com as respectivas “patroas”.
- E a mulherada depois da praia e o almoço, decidiram ir para o Shopping. – Os guapos
rapazes, e este que vos relata, mais procurando uma cama, que qualquer outra
coisa, muito a contragosto,...emburrados, “concordaram” em ir. - Chegando lá,
como toda mulher faz, elas ao invés de traçarem um caminho reto afim de
começarem em um lugar e terminarem em outro, ficam ziguezagueando que nem
barata tonta, passando pelo mesmo lugar trezentas vezes seguidas. - E haja
paciência!!! – E nós atrás das madames!!! – Eu como não discuto,...porque nós
os homens nunca ganhamos uma delas, em uma das passadas de lojas, vi uma
entrada em ”T” de uma nova ala, com
apenas alguns metros para dentro, porém fechada provisoriamente com dois
grandes vasos e um banco de madeira no meio. - Disse a Helena que eu ficava por
ali, que ela fosse fazer suas compras. Sem dar a ela tempo de argumentar,
voltei. – Vendo um segurança que estava
por perto, dei-lhe R$ 20,00 reais, disse que ia descansar um pouco, que ele de
vez em quando desse uma olhada. O rapaz, bastante contente com a gorjeta, falou
que não me preocupasse, e que ficasse a vontade. Coloquei uma sacola de compras
como travesseiro, um chapéu cobrindo o rosto, e estiquei-me. – Helena sumiu
dizendo que nem me conhecia, alegando que eu estava perdendo a compostura. - Louco para tirar uma soneca, fiquei sem
compostura mesmo!. – Os outros maridos, de vez em quando passavam por ali
carregando os sacos e sacolas de compras atrás de suas respectivas “patroas”,
até que o primeiro deles se encheu de coragem, e disse para a “famigerada” que
fosse na frente que ele ia ficar por ali onde eu estava, e também se encostou
em um canto, e dormiu. E assim foi, um a um. – No final, as madames só paravam
ali para deixar sacolas, e os cinco maridos esparramados, dormindo
tranquilamente o sono dos justos, e o rapaz, da segurança, vigiando a turma.(nessa altura,
cobrando R$ 10,00 de cada um que chegava) - Quando me acordei, meia
hora depois, e olhei em volta, vi espantado que tinha não só os meus quatro
amigos, mas também, mais três felizes estranhos, esparramados nos cantos, ao
lado dos vasos, todos descansando, uns lendo revistas, outros dormindo mesmo. –
Mulheres não entendem que homem detesta ficar dando voltas em Shopping. - Ou
senta para tomar um chopp admirando a paisagem (as femeas que passam), - Ou
entra, compra na primeira loja tudo que quer, e vai embora. – Mas as mulheres
não, elas fazem a coitada da vendedora arriar a loja inteira, ...e depois dizem
que vão pensar,...depois voltam,... e se bobear mandam arriar tudo de novo em
busca de algo que gostaram,...mas não lembram em qual loja foi (afinal já
entraram numas duzentas!!!). – Enfim... as nossas quando cansaram de
comprar e dar voltas, isso já lá pelas 5h da tarde, pararam onde estávamos (nessa altura
já tínhamos mandado o segurança que estava por nossa conta, trazer bebidas e
salgados, todos sentados conversando com os novos amigos, sobre a dureza da
vida ao lado do sexo frágil, cada um contando suas aventuras, ...e desventuras,
com a intrincada e complexa mente feminina). – Enfim,... se as
mulheres entendessem um pouco mais os homens,...compreenderiam que lugar de
homem casado não é Shopping, (exceção:
- só se estiver sozinho,... caçando),
mas sim, um belo quarto, ar condicionado, uma cama “king size”, imensa, uma
televisão tela plana de 50”, um canal SKY, muita bebida gelada, a mulher de
preferência quieta, dormindo, ou lendo alguma coisa, ou então, coisa rara,
...afim de festiar!!! . – Encerrando: - Mulheres entendam: - Somos seres
simples, sem sofisticação. – Para o homem, como disse o pensador: - “uma bunda grande e peitos em pé, já são um
bom começo” – Enfim..., O maior erro de uma mulher é que: - Quando casam, esperam que o marido mude,
...ele não muda. (continua o mesmo cara bonachão, do jeito que ela o
conheceu). - E o homem quando
casa, espera que a mulher não mude (fique do jeito que era no namoro, gostosa, e doida por
sexo),...ela muda!!! (além de ficar
sempre mal humorada, tem até dia e hora para dar umazinha, ...e olhe láááá)
– Então, quem é o honesto nessa história...- Depois reclamam quando o coitado
arruma uma filial!!!
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SABER AMAR!
Há muito tempo atrás, um casal de velhinhos que não tinham filhos, morava
em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, e
ambos se amavam muito. Eram
felizes. Até que um dia... Aconteceu
um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a
pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo. O esposo acorda assustado com os gritos e vai
a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e imediatamente tenta
ajudá-la.O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o
fogo. Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma
parte, toda destruída. Levaram rapidamente o casal para o hospital mais
próximo, onde foram internados em estado grave. Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi
ao encontro de sua amada. Ainda
em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava
toda deformada, queimara todo o seu rosto. Chegando no quarto de sua senhora,
ela foi falando: - Tudo bem com
você meu amor? - Sim, respondeu
ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique
tranqüila amor que sua beleza está gravada em meu coração para sempre.
Então triste pelo esposo, a
senhora pensou consigo mesma: "Como Deus é bom, vendo tudo o que aconteceu a meu marido,
tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim. As
chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro. E Deus é tão
maravilhoso que não deixou ele me ver assim, como um monstro Obrigado Senhor!"
Passado algum tempo e recuperados milagrosamente, voltaram para uma nova
casa, onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo, e o
esposo agradecido por tanto amor, afeto e carinho, todos os dias dizia-lhe: - COMO EU TE AMO. Você é linda demais.
Saiba que você é e será sempre, a
mulher da minha vida! E assim viveram
mais 20 anos até que a senhora veio a falecer. No dia de seu enterro, quando todos se
despediam da bondosa senhora, veio aquele marido com os olhos em lágrimas, sem
seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos. Chegou perto do caixão, beijou o rosto acariciando sua amada, disse
em um tom apaixonante: -"Como
você é linda meu amor, eu te amo muito". Ouvindo e vendo aquela cena um
amigo que esta ao seu lado perguntou se o que tinha acontecido era
milagre. Pois parecia que o velhinho parecia enxergar sua amada. O velhinho olhando nos olhos do amigo, apenas
falou com as lágrimas rolando quente em sua face: -Nunca estive cego, apenas fingia, pois
quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada, sabia
que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram vinte anos
vivendo muito felizes e apaixonados! Foram os 20 anos mais felizes de minha vida. E emocionou a todos os que ali estavam
presentes. CONCLUSÃO; - Na vida
temos de provar que amamos! Muitas
vezes de uma forma difícil E, para sermos felizes, temos de fechar os olhos
para muitas coisas, mas o importante é que se faça única e intensamente com
AMOR!
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DECISÃO EM JUÍZO!!!
Preocupado, o DD. Magistrado Dr.
Juílson tentava equilibrar em suas as mãos, a cuia, a térmica, um pacotinho de
biscoitos, e várias pastas de documentos. Com toda esta tralha, dirigia-se apressado
para seu gabinete, mas ao dar meia volta deparou-se com sua esposa, a advogada
Dra. Themis, que já o observava há sabe-se lá quantos minutos. O susto foi tal
que cuia, erva, biscoitos e documentos foram ao chão. O juiz franziu o cenho e
estava pronto para praguejar, impondo autoridade quando observou que a testa da
mulher era ainda mais franzida que a sua. Por se tratarem de dois juristas
experientes, de primeira linha, não é estranho que o diálogo litigioso que se
instaurava obedecesse aos mais altos padrões de erudição e ética processual. – Ela
em sua Inicial alegou: - Excelência! - Eu não agüento mais essa sua inércia. Eu
estou carente, ...carente de ação, entende? – Ele se manifestou: - Carente de ação? Ora, você sabe muito
bem que, para sair da inércia, o Juízo precisa ser provocado e você não me
provoca, há anos. Já eu dificilmente inicio um processo sem que haja
contestação. – Claro, você preferia que o processo corresse à revelia. Mas
não adianta, tem que haver o exame das preliminares, antes de entrar no mérito.
E mais, com você o rito é sempre sumaríssimo, isso quando a lide não fica
pendente... Daí é que a execução fica frustrada.– Calma aí, agora você está apelando. Eu já disse que não quero acordar o
apenso, no quarto ao lado. Já é muito difícil colocá-lo para dormir. Quanto ao
rito sumaríssimo, é que eu prezo a economia processual e detesto a morosidade.
Além disso, às vezes até uma cautelar pode ser satisfativa. Sim, mas pra isso é preciso que se usem alguns
recursos especiais. Teus recursos são sempre desertos, por absoluta ausência de
preparo. – Ah, mas quando eu tento
manejar o recurso extraordinário você sempre nega seguimento. Fala dos meus
recursos, mas impugna todas as minhas tentativas de inovação processual. Isso
quando não embarga a execução. Mas existia um fundo de verdade nos
argumentos da Dra. Themis. - E o MM. Juíz, Dr. Juílson só se recusava a aceitar
a culpa exclusiva pela crise do relacionamento, ante a culpabilidade subjetiva
da esposa. Por isso, complementou: – Acho
que o pedido procede, em parte, pois pelo que vejo existem culpas concorrentes.
Já que ambos somos sucumbentes vamos nos
dar por reciprocamente quitados e compor amigavelmente o litígio.– Não
posso. Agora existem terceiros interessados embargando a lide. E já houve a
preclusão consumativa. - Meu Deus! Mas de
minha parte não havia sequer suspeição! – Sim. Há muito que sua cognição
não é exauriente. Aliás, nossa relação está extinta. Só vim pegar o apenso em
carga e fazer remessa para a casa da minha mãe. E ao ver a mulher bater a porta
atrás de si, o Exmo Juíz, Dr. Juílson fica tentando compreender tudo
o que havia acontecido. - Após deliberar por alguns minutos, chegou a uma
triste conclusão sentencial: – E eu é que
vou ter que pagar as custas...
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