quinta-feira, 21 de junho de 2012

News - Atualidades, 23/02/07


ALTER DE CHÃO - O PARAÍSO VIROU INFERNO !

Qualquer festa em Alter de Chão, eles aparecem, são cinco ou seis carros com caixas de som que ultrapassam a própria altura dos veículos. – Colocam os mesmos bem defronte a Pousada Alter de Chão, na Orla da Vila, e desde as 06h da manhã, todos juntos, cada um com um som diferente, ligam seus amplificadores de fazer loucos, em som altíssimo, quando não um “tum tum” intermitente, músicas horríveis, que impedem sequer as pessoas de conversarem dentro de suas casas em um raio de 1km dali, imagine os que estão mais próximos. - O barulho é ensurdecedor, enlouquecendo qualquer um, só não vendo nossas autoridades, que até agora não tomaram uma decisão definitiva sobre o assunto. – Pergunto-me a estes jovens, por que não vão ligar estas porcarias ao lado de suas próprias casas, no ouvido de seus queridos e amados paipais, como já falou a um deles o João Sena. - As pessoas que procuram a Vila de Alter de Chão, o fazem para descansar, não para ter de ficar enlouquecendo com a altura e as horríveis músicas que estes malucos ligam em seus carros. – Afinal, o que é necessário acontecer para que as autoridades tomem uma decisão, e acabem com este absurdo – discussões ? brigas ? coisas mais graves ?. – Nós todos, centenas de cidadãos e eleitores que passamos nossos fins de semana em Alter de Chão, pedimos aqui, encarecidamente, a nossos Vereadores, para que votem e promulguem uma Lei municipal, que proíba o som eletrônico em veículos na vila de Alter de Chão, afim de que, a tranqüilidade volte a reinar em nosso mais aprazível recanto de sossego dos cidadãos santarenos em seus finais de semana. – Pedimos também, a nossos excelentíssimos representantes do Ministério Público, para que tomem as providencias legais necessárias, para coibir estas manifestações de pessoas que interrompem a tranqüilidade de toda a coletividade da Vila. – Se querem ficar surdos, coloquem fones de ouvidos em si mesmos, liguem ao máximo, e fiquem loucos o tanto que quiserem, mas não tirem a liberdade e tranqüilidade de nossa gente de ter seu merecido descanso. – A lei estabelece que o som máximo que pode ser ligado publicamente, segundo o ISAM, é de 60 decibéis, e não 2.000 decibéis como estes loucos o fazem. – São os cidadãos de nossa comarca quem pedem pelo retorno da tranqüilidade e do respeito.   
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RECEITA DE FRANGO COM WHISKY!
Ingredientes: - 01 garrafa de whisky (do bom claro, 15 anos!); - 01 frango de aproximadamente 2 quilos;  sal, pimenta e cheiro verde a gosto; - 350 ml de azeite de oliva extra virgem; - nozes moídas. Modo de preparar: - pegue o frango; - beba um copo cheio de whisky no estilo cawboy, de uma só vez; - envolver o frango e temperá-lo com sal, pimenta e cheiro verde a gosto; - massageá-lo com azeite; - pré-aquecer o forno por aproximadamente 10 minutos; - enquanto isso, sirva-se de uma boa dose (caprichada) de whisky enquanto aguarda; - use as nozes moídas como "tira gosto"; - colocar o frango em uma assadeira grande; - sirva-se de mais duas boas doses de whisky; - axustar o terbostato na marca , e debois de uns vinch binutos, - botar pra assassinar. - digu: assar a ave; - derrubar + uma boa dose de whisky debois de beia hora. - Abrir o forno e gontrolar a assadura do frango; - Tentar zentar na gadeira, servir-se de uoooooooootra dose sarada de whisky; - Cozer (?), costurar (?), cozinhar, sei lá, - Voda-se o vrango; - Deixa o filho da buta do pato no vorno por umas 4 horas; - Tentar retirar o vrango do vorno; - Cuidadu pra num guemar a mão, garaio! - Tentar novamente tirar o sacana do vrango do vorno, porque na primeira teeenndadiiiva dão deeeeeuuuuuuuuu. - Begar o vrango gue gaiu no jão e enjugar o filho da buta com o bano de jão e cologá-lo numa pandeja ou qualquer outra borra, bois avinal você nem gossssssssssssta buito desta  #>&*<%*$ , besmo. – Bronto, bode cumê o avoante!!!!
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AS MINEIRAS !!! (maravilhosas) - Carlos Drummond de Andrade.
O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar. Porque, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo ficou de fora? Porque, Deus, que sotaque!  Mineira devia nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor. Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque. Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho (não dizem: pode parar, dizem: "pó pará"). Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando – apenas de uais, trens e sôs. Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz de direito, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço. Faz sentido...Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: "cê tá boa?" Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário!!!. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: “Mexe com isso não, sô” (leia-se: sai dessa, é fria, etc). O verbo "mexer", para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô. Esse "aqui" é outro que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer, "olá, me escutem, por favor". É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor. Mineiras não dizem "apaixonado por". Dizem, sabe-se lá por que, "pêxonado com". Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: "Ah, eu pêxonei com ele...". Ou: "sou doida com ele" (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro). Elas vivem apaixonadas "com" alguma coisa. Que os mineiros não acabam as palavras, todo mundo sabe. É um tal de "bonitim", "fechadim", e por aí vai. Já me acostumei a ouvir: "E aí, vão?". Traduzo: "E aí, vamos?". Não caia na besteira de esperar um "vamos" completo de uma mineira. Não ouvirá nunca. No supermercado, não faz muitas compras, ele compra "um tanto de côsa". O supermercado não estará lotado, ele terá "um tanto de gente". Se a fila do caixa não anda, é porque está "agarrando" [aliás, "garrando"] lá na frente. Entendeu? Agarrar é agarrar, ora! Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará: Ai, gente, que dó. É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras. Não vem caçar confusão pro meu lado. Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro "caça confusão". Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele "vive caçando confusão". Para uma mineira falar do meu desempenho sexual, ou dizer que algo é muitíssimo bom vai dizer: "Ô, é sem noção". Entendeu, leitora? É sem noção! Você não tem, leitora, idéia do "tanto de bom" que é.  Só não esqueça, por favor, o "Ô" no começo, porque sem ele não dá para dar noção do tanto que algo é sem noção, entendeu? Capaz... Se você propõe algo e ela diz: capaz!!! Vocês já ouviram esse "capaz"? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer "ce acha que eu faço isso"? com algumas toneladas de ironia... Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: "Ô dó dôcê". Entendeu? Não? Deixa para lá. É parecido com o "nem...". Já ouviu o "nem..."? Completo ele fica:- Ah, nem... O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. Você diz: "Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?". Resposta: "Nem..." Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão? A propósito, um mineiro não pergunta: "você não vai?". A pergunta, mineiramente falando, seria: "cê não anima de ir"? Tão simples. O resto do Brasil complica tudo. É, ué, cês dão umas volta pra falar os trem... Falando em "ei...". As mineiras falam assim, usando, curiosamente, o "ei" no lugar do "oi". Você liga, e elas atendem lindamente: "eiiii!!!", com muitos pontos de exclamação, a depender da saudade... Tem tantos outros... O plural, então, é um problema. Um lindo problema, mas um problema. Sou, não nego, suspeito. Minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão. Se você, em conversa, falar: Ah, fui lá comprar umas coisas... Que' s côsa? - ela retrucará. O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o que. Ouvi de uma menina culta um "pelas metade", no lugar de "pela metade". E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará: Ele pôs a culpa "ni mim". A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios em Minas... Ontem, uma senhora docemente me consolou: "prôcupa não, bobo!". E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras, nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: "não se preocupe", ou algo assim. A fórmula mineira é sintética. E diz tudo.  Até o "tchau" em Minas é personalizado. Ninguém diz tchau pura e simplesmente. Aqui se diz: "tchau procê", "tchau procês". - É útil deixar claro o destinatário do tchau. Então... (Carlos Drummond de Andrade)

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