O JOVEM “CHIEF” DE GASTRONOMIA!
Desde jovenzinho, sempre gostei
de fazer uns sanduíches diferenciados, tendo sempre muito jeito e paladar
apurado, para inventar molhos e temperos picantes. – Quando meu irmão mais
velho ia com os amigos acampar e caçar na “Fazenda Pedreira” de meu pai, bem
próxima a Ribeirão, sempre me levava, porém eu como só tinha 12 anos, não podia
carregar espingarda, e só dava tiros, quando eles me deixavam uma ou outra vez.
Cada um levava sempre comida enlatada, e eu pensei em um jeito de resolver meus
problemas para caçar e dar também, muitos tiros de cartucheira. - Toda vez que íamos caçar, coisa de uns três
dias, eu levava, além do macarrão, molho, e queijo parmesão para fazer uma
belíssima macarronada, arroz, feijão, suculentos bifes, e ovos. – E o negócio
era o seguinte, enquanto eles abriam os enlatados deles, eu comia minha
deliciosa refeição, e quando vinham me pedir um prato, eu vendia por certa
quantidade de cartuchos para poder também dar meus tiros, e fazer a minha
caçada. – Um prato de macarrão, 7 tiros de 12, um prato de filé a cavalo, 10
tiros de 20, e assim por diante. – Como iam sempre uns 5 a 6 amigos caçarem, eu
tinha garantido, um mínimo de 50 tiros todo dia, e quanto mais eu caçava,
perdizes, patos, e demais avoantes, mais tiros eu tinha para dar, pois o prato
do dia seguinte seria de primeira, melhor e mais caro que o anterior. – De
tanto dar tiro a época, fiquei bom no negócio, tanto é assim, que quando houve
o curso de tiro de revólver, ministrado pela Taurus, através do Sargento Ramos,
com campeonato de tiro em Santarém, ganhei o primeiro lugar. – Mas voltando ao
assunto, continuo até hoje fazendo meus petiscos e temperos, e segundo diz Dona
Helena, maravilhosa e prendada “chief de cusine”, ninguém faz um sanduíche
saboroso como os meus. – Acredito que os filhos nos puxaram. - Sérginho, meu
filho mais velho, faz uma costela no bafo entre outras delícias, que é famosa
entre seus amigos em Ribeirão Preto. - Pedro meu segundo filho, esse exorbitou,
formado em Direito, não quis saber de atuar no ramo, aposentou precocemente os
livros, e rodou o mundo trabalhando nos hotéis do “CLUB MEDITERRANÉE”. - Fez
cursos de gastronomia na França e Itália, finalizando com um de cozinha
internacional e brasileira em São Paulo, recebendo o título de “CHIEF DE
GASTRONOMIA E CUSINE”. – Hoje com o grande mestre Jucelino, ex-restaurater do
Fasano, dono dos restaurantes: “Zena Café”, “Piselli”, e do “Ministro 1153”, do
qual Pedro também hoje é dono, fazem a delicia dos paulistanos. – O pessoal de
Santarém que foi a São Paulo, aí inclusos, Kollins, Sueli e Cintia Matos, já
experimentaram as delícias que o “Chief” Pedro Sant´Anna faz. – Convidamos a
todos nossos amigos, conhecidos e Santarenos que forem a São Paulo, que visitem
na Rua Ministro Rocha Azevedo n° 1153, quase esquina com a Oscar Freire, nos
Jardins, em São Paulo, o Restaurante do Pedro, o “Ministro 1153”, de um santareno que está acontecendo em São Paulo.
– Continuando, Thiago, meu terceiro filho, também advogado, e dos melhores, notívago
de primeira, adora fazer altas horas da noite quando a fome aperta, sanduiches
e temperos, virando a geladeira de cabeça para baixo, fazendo o gosto de sua linda
Barbara, que aprova com água na boca, os quitutes do prestimoso jovem. - Pois é, ...não podia dar outra, com a mistura
dos sangues, espanhol, português, italiano e frances, de meus bisavós, e por
final o árabe de Helena, só podia dar uma turma com excelente paladar. - Gostoso
enfim, é ver que em nossa equipe familiar, cada um é feliz, e segue seu
caminho. - Obrigado a Deus pela dádiva da vida. Que ele derrame sobre todos
nós, muita saúde, alegria e bênçãos, nesta grande caminhada que se chama, “aprender
sempre” !
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A ALFANDEGA!!! – Contos de Santarém – 56.
2009 - Final de ano, época de
férias, meu irmãozinho Dadá, (Darivaldo para os desconhecidos), resolveu fazer
uma surpresa para a família toda, e preparou uma viagem para os Estados Unidos
com mãe, filhos, gato, papagaios, e tudo mais que coubesse nas malas. – E quase
enlouquecido, depois de arrumar passagens, hotéis, passaportes, vistos, vacinas
e demais acessórios, tudo pronto, embarcou a “troupe” para a terra do tio Sam.
- New York, é sempre uma excelente pedida, e a meninada se esbaldou em passeios
e diversões, enquanto ele corria atrás e carregava os bagulhos comprados pela
“chefa” nas mais de 50 lojas que já tinham visitado de cima a baixo. – Enfim,
depois de uma semana, estafado, quase tendo um ataque cardíaco, maldizendo o
dia em que tivera tão glamurosa idéia de arrumar tanto trabalho em suas férias,
chegou o dia de voltar para casa. O Brasil já era um sonho, e mal podia esperar
para chegar em casa, e ficar uns quatro dias sem fazer nada. – Enquanto cuidava
dos finalmente no hotel, a mãe junto com a meninada, arrumou as malas,
dividindo o peso entre todos, para não dar excessos, o que dificilmente
conseguiriam, pelo tanto que compraram de bugingangas. – E lá foram para o
aeroporto JFK, passando por 35 km saindo de New York. Após a gigantesca fila de
embarque finalmente chegou sua vez na alfândega, quando após colocar suas malas
na balança e passar pelo raio “x”, imediatamente as coisas começaram a ficar
esquisitas, pretas para dizer a verdade. – Em questão de segundos, sem que
soubesse o por que, foi cercado pelos agentes federais do aeroporto, que
silenciosamente, encarando-o ficaram a sua volta. A jovem que o atendia, perguntou-lhe olhando fixamente
para ele: - O senhor está carregando alguma arma? – Atonito respondeu que não.
Ela perguntou-lhe então, : - O senhor está carregando alguma arma em sua mala/
- Disse novamente que não. – Ela perguntou-lhe então; - Se em algum momento
havia deixado sua mala só ? – Respondeu novamente que não. Tendo ela então
pedido que ele abrisse sua mala. Quando começou a abrir a mala, os agentes
chegaram mais perto, ouvindo-se até mosquito voar, de tanto silencio que se fez
naquele momento. – Pediram-lhe então que vagarosamente, levantasse, e fosse
retirando as roupas da mala, pois tinha algo no fundo dela. - Ele bastante
apreensivo, e já pensando se algum dos filhos havia comprado alguma arma, ou
coisa parecida, e guardado em sua bolsa, sem que soubesse, foi retirando tudo.
– Enfim, quando levantou a calça do fundo, apareceu uma pequena espingarda,
dessas de espirrar água, porém bastante parecida com uma arma de verdade, só
que pintada de verde e amarelo. – Quando os policiais viram que era um alarme
falso, que a arma era de brinquedo, o chefe deles pediu desculpas pelo incomodo,
e do mesmo jeito que apareceram, sumiram, sem mais uma palavra. -Ele mais morto
de medo que vivo, respirando ofegante, suando em bicas, jurou que matava os
filhos um por um, bem devagarinho. - Pediu um copo dagua,e depois de respirar
fundo umas quatro vezes, conseguiu voltar a andar, apesar de meio cambaleante.
– Já estava se vendo em uma prisão de segurança máxima, junto com terroristas
internacionais por transporte de armas. Ganhou uns mil cabelos brancos neste
dia, e prometeu nunca mais deixar ninguém arrumar e fechar sua mala. – Dali por
diante, ele cuidaria de suas coisas. Mas o Vitor lhe paga esta aprontada, pois
fora ele que guardara a espingarda dagua na mala e não lhe dissera nada!!! –
Histórias de um pai que nunca para de sofrer.
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