MEU AMIGO JOÃO! (Histórias de Ribeirão).
Eu tinha 11 anos, estudava no último ano do primário no Grupo Escolar Dr.
Guimarães Jr, escola do estado em Ribeirão Preto. Era um jovem esportista, bem
ágil, nadava, corria, jogava tenis e basquete, corpo rijo, bem estruturado, e
já era faixa marron de Karatê, no Budô do Sensei Pedro na Recreativa. E sempre
fiz questão de ficar no meu canto, passar despercebido pelas turmas do local.
No grupo escolar, existia de tudo, desde crianças mais abastadas, até crianças
mais pobres da periferia, em uma grande mistura de classes, o que volta e meia,
ocasionava disputas e escaramuças entre as partes em conflito. Na hora do
recreio e na hora da saída, vez por outra ocorria uma briga entre os moleques. Alguns
dos mais humildes já pertenciam a algumas pequenas gangues, e não gostavam dos
mais abastados por chegarem de carro ou bicicleta, por não possuírem suas
famílias condição para posses, o que os irritava sobremaneira, e os perseguiam
com provocações. Eu tinha na minha classe, e me tornei amigo de um jovem de
família árabe, o João, que chegou na escola no primeiro dia de aula, de bermuda
social, camisa de manga comprida, e gravatinha borboleta. Essa da mãe dele foi
demais. Ele tinha 3 irmãs mais velhas, era o caçula da família, único homem, mimado
por todos. Era bastante tímido, e percebi logo em sua chegada que ele não teria
vida fácil por ali. - Havia um rapazinho em nossa classe de apelido Pelé, que
era o cabeça de uma turma dos mais humildes, e causava o terror na escola,
mexendo e brigando com qualquer um que entrasse em seu caminho. João se tornou
sua presa favorita, fazendo um bulling direto no coitado. Quando chegava na
classe, Pelé e mais dois quando João passava em direção a sua carteira no
fundo, ao lado da minha, o chamavam de veado e passavam a mão em sua bunda, o
que o irritava sobremaneira, mas com medo, nunca encarava. Certo dia na entrada
da classe entrou João a minha frente, e quando Pelé foi mexer com ele passando
a mão, segurei seu braço, e mandei parar com aquilo, o que o enfureceu na hora.
Levantou-se e quando se preparou para me dar um soco, soltei o braço esquerdo
com toda a força em sua mandíbula, o que o jogou na carteira de trás meio que
desmaiado, em cima de outro parceiro dele. Foram os dois para o chão - Joel seu
fiel escudeiro, do lado, levantou-se de sua carteira pronto para me agredir, e
sem mais esperar lembrando as aulas de caratê de mestre Pedro, meti o pé, em
seu peito jogando-o por cima de duas fileiras de carteiras caindo estatelado no
chão. A classe toda virou um caos. As meninas gritando, moleques correndo para
a saída, e nesse momento chegou a professora Ivete, que mandou todos nós para a
Diretoria. Pelé com o nariz sangrando, tonto ainda, e os outros dois, na mesma
situação, com dores no corpo todo. O Diretor enfileirou a molecada e perguntou
o que tinha acontecido, apesar de ele já conhecer muito bem Pelé e sua gangue,
sabendo que não eram flor que se cheire. - Eu disse o que estava ocorrendo e o
abuso que eles faziam com João, Pelé gritando que tinha sido espancado como se
ele fosse a vítima. O Diretor mandou-o se calar e perguntou ao João se
confirmava que eles estavam fazendo bulling com ele todos os dias, ao que de
cabeça baixa confirmou. Foram os três suspensos, os pais chamados na escola. E
na saída Pelé me encarou falando que aquilo ainda não acabara. Como eles
estavam sempre em uns cinco, no dia seguinte chamei Roberto, meu grande amigo no
dojo, faixa preta no Caraté, dois anos mais velho, que adorava encarar uma
confusão. - Expliquei os fatos, e na saída da escola, no dia seguinte, lá
estava Pelé e sua gangue me esperando. O Grupo escolar se situava mais no alto
e tinha uma escadaria para se chegar as calçadas. De cima, observei Roberto já
estrategicamente colocado. Desci as escadas e quando cheguei na calçada, já
vieram pra cima de mim. - Roberto que estava atrás deles entrou no meio da
gangue distribuindo pancada para todo lado, atingindo os três mais próximos,
que sequer viram o que os atingiu, indo todos desacordados para o chão. Pelé
espantado, deixou que eu me aproximasse demais dele, foi seu erro, rápido enchi
a mão dessa vez em seu nariz, que jogou sangue para todos os lados, caindo no
chão. Seu último amigo foi pego por Roberto, que lhe deu um pontapé no peito,
jogando-o longe. Mais uma vez o caos se instaurou, com molecada gritando,
meninas correndo, e alguns pais que buscavam os filhos tentando entender o que
ocorria. Resumindo: Como era reincidente, Pelé e seus cumplices foram expulsos
da escola, João não teve mais problemas com ninguém, se tornou um grande amigo,
e eu voltei a ficar quieto no meu canto, mas com fama de briguento. Pelé sumiu,
nunca mais ouvi falar dele, até certo dia, já com 18 anos, parando para comprar
um sorvete na Avenida 9 de Julho, no carrinho da Kibon, quem era o vendedor,
Pelé! - Ele não me reconheceu de imediato, até que o chamei pelo apelido, e ele
olhou espantado para mim. Todos o chamavam agora de José, seu nome de batismo. Estendi-lhe
a mão, e ele me cumprimentou dizendo que agora era uma pessoa de paz. E que
tinha aprendido uma boa lição. – Nunca provoque ninguém, sempre vai ter alguém
mais forte e maior do que você! - Lembrei disso, por ter meu filho mais velho
Serginho, de certa feita no Dom Amando, com 16 anos, ter de sair na porrada com
três moleques encrenqueiros, que causavam o terror na molecada. - E ele além de
forte também, lutando Caratê, não deixou barato. - E junto com seu amigo, Jason
Canté, cobriram os três moleques de porrada. - Viraram os heróis da turma, pois
esses moleques importunavam a todos. E a vida voltou a normalidade! – A mesma
história, duas gerações diferentes, coincidências da vida!!!
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ESTELIONATÁRIOS!!!
Isto está um absurdo. De todos os lados estão tentando nos enganar. Todos
os dias me ligam dizendo que meu cartão está com uma fatura de valor tal, e que
caso não seja minha, favor apertar no numero “1”. Se você cair nessa, e apertar
o tal número, você abre um programa espião dentro de seu computador ou celular,
e acessam todas as suas contas pessoais e de bancos, roubando tudo. E tem
também a duplicação de contas no whatsapp, e no Face, onde colocam seu retrato,
e como se fosse você, pedem dinheiro a seus amigos, como se você estivesse em
dificuldades. As polícias civil e Federal recebem milhares de denuncias desses
tipos de golpes e fraudes diariamente. E o pior é que muitas das vezes, esses
bandidos conseguem acertar em pessoas mais idosas, que perdem tudo quando sem
saber acionam a entrada deles em seus computadores e celulares. É necessárias
as polícias criarem um banco de dados com alta tecnologia para encontrar esses
criminosos, e coloca-los atrás das grades. Com a inteligência artificial, se
torna bem mais fácil essa tarefa e prender os bandidos!
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CAVALEIROS
TEMPLÁRIOS.
O dia 3 de setembro é celebrado como o Dia dos Cavaleiros Templários, em
memória de uma das mais conhecidas ordens de cavalaria da Idade Média. Os
Templários surgiram no início do século XII, após a Primeira Cruzada, com a
missão de proteger os peregrinos cristãos que viajavam à Terra Santa. Mais do
que guerreiros, os templários se tornaram símbolos de fé, coragem, disciplina e
lealdade. Com seu voto de pobreza, castidade e obediência, viveram em devoção
ao ideal de justiça e proteção dos mais fracos. Embora a ordem tenha sido
extinta oficialmente no século XIV, o espírito templário permanece como
inspiração. Hoje, o 3 de setembro é lembrado como um dia de reflexão sobre os
valores de honra, fraternidade e defesa da verdade, que ainda ecoam naqueles
que buscam viver de forma justa e reta.
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A ACADEMIA!
Faço de segunda a sexta as 15h, academia na “Bony Fit”. - Começo na bicicleta
por meia hora, pedalando 30km, queimando 200 calorias. Próxima parada, a
esteira onde fico outra meia hora, agora com televisão nos novos aparelhos para
distrair, queimando mais 100 calorias. Depois vou para o aparelho em que você
faz flexões sentado, com contrapeso nas costas, fazendo 3 series de 15
abaixamentos a frente. Vou então para o setor de alongamento nas barras fixas com
diversas modalidades de puxa, encolhe. - Depois, faço alteres em pé com 3
series de 15 vezes, com peso de 20kg. Após, aparelho sentado puxando com alça de
cima para baixo 60kg, 1 serie de 15 vezes. Vou então para o remo com 60 kg, 3
series de 15 vezes alternada. Vou então para o exercício de pernas sentado,
levantando e abaixando a perna com 30kg, 3 series de 15 vezes. – No final, já
bem cansado, faço alguns exercícios de braço, e sento-me para recuperar o
cansaço, aproveitando para observar as pessoas. - Ali convivem todas as tribos. Você tem donas de casa, pessoas mais velhas
tentando recuperar parte da saúde que perderam no caminho. E uma boa maioria
dos chamados “marombados”, os fortões, que só falta explodir de tantos músculos.
Segundo alguns instrutores me dizem, muitos tomam as chamadas bombas, que fazem
a musculatura expandir, e podem causar sérios danos ao coração. Essas estou
fora, fico do jeitinho que Deus me fez. Em Santarém, já morreu um jovem que foi
meu aluno na Ulbra no curso de direito, com apenas 28 anos, uma pena. - Lindas
jovens também circulam por ali, querendo melhorar o que Deus já lhes deu
perfeito, causando muitas das vezes resultados contrários, que as deixam muito
“bombadas”. - E tem também uma turma que está ali talvez a procura de um novo
parceiro, ou parceira, que tenha os mesmos gostos que eles, para formarem novos
casais. – Todo dia, um novo sofrimento, as vezes a preguiça é muita, mas não
tem jeito não, o negócio é exercitar! - E a vida continua!!!
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A BOA PROVOCAÇÃO NÃO É BULLYNG!
Vocês já viram quando velhos amigos se encontram, a bagunça que fazem, um
provocando o outro, com menções a sua barriga, calvície, e até a sua
masculinidade. E por mais que se estranhe, esses são os melhores momentos do
dia, quando você provoca aquele seu irmão de vida, com as mais absurdas
alegações e o mesmo finge que não é com ele, ou retruca, falando mais mal ainda
de você! As mulheres nos acham bobos por essas atitudes que a ala masculina
tem, não entendendo muito bem tal provocação. Chamam-nos de crianções
crescidos, como se fossemos colegiais na saída da escola. ,Mas, então, me
pergunto o que é a vida se não uma perpetuação de bons momentos que criamos
para torna-la melhor. E nada melhor que perturbar aquele seu amigo de uma vida
que anda meio devagar, acabrunhado, sem muito objetivo, meio que largado no
canto pela mulher que o acompanha há 50 anos de vida juntos, que já não aguenta
mais suas paranoias e manias. - É nesta hora que a turma do agito aparece,
quando tudo esta meio que mal parado. Imediatamente é marcado um churrasco
desses comunitário, cada um leva algo para comer e beber, e tudo junto, vira um
banquete. E no dia da confraternização, cada um que chega, lá vem gozação: -
Sua cerveja deve estar vencida, sua carne tem cara de muito dura. - E o outro quieto,
impávido, lhe mostrando o dedo do meio em um sinal bastante pejorativo. - E as
mulheres olhando com cara de poucos amigos apenas dizendo: - Já começaram as
provocações, eles não se cansam nunca!!! – E meu grande amigo Durva, quando lhe
perguntam qual a melhor cerveja, sem muitas delongas ele responde: - A de
graça! - E as risadas começam, e a vida
fica bem melhor, apesar de o Henrique reclamar do Joelho, e o Renato de dores
em todo lugar. E eu de ter de ir rápido ao banheiro, que comi muita carne
gordurosa, e o resultado veio rápido! E a bagunça se completa com netos falando
alto, cachorros entre nossas pernas pegando restos de carne, e as mulheres,
ahhh as mulheres, finalmente esquecendo-se de nós, muito ocupadas cada uma
contando uma novidade a outra, nos deixando finalmente em paz. - Se bem que de
vez em quando, reclamam que não está indo carne para elas. - Que beleza que é a vida quando você sabe
viver. O problema não é encontrar a felicidade, pois ela é efêmera. - O
problema é você encontrar a paz, ela sim é duradoura!!!
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