*MOTOCICLISTAS* . *IMPORTANTE
LEITURA*
Monja Coen: a sabedoria budista e as motos, Para quem
ainda não teve a oportunidade de ler a entrevista que a Monja Coen, líder da
Comunidade Zen Budista do Brasil, concedeu à Claudia Baptista de Souza, aqui
vão os melhores momentos: “Quilometro por quilometro, instante por instante. A
moto tem muito isso, você tem de estar inteiro, com atenção permanente. Você e
a moto tem de se tornar um corpo só, e não uma dualidade. Se você pensar que é
você e a moto, você cai. Tem de pensar que é uma coisa só. E prestar muita
atenção porque você está em contato com o vento, sem proteção. Justamente por
isso, seu estado de alerta tem de ser maior. As pessoas estariam mais saudáveis
se andassem de moto porque é necessário um controle – e isso faz muito bem para
o corpo e para a mente. A moto exige muita consciência. O que a moto tem de
similar com a meditação é que você não pode ficar guiando a moto divagando,
pensando em problemas e dificuldades. Tem de esvaziar a mente, e isso não
significa ficar sem nada na mente, e sim estar com ela aberta para as inúmeras
possibilidades. Eu costumo dizer que a plena atenção, na meditação, é como uma
lente grande-angular, que não tem foco único, mas está aberta a todas
possibilidades. Ela não vai focar somente você, e sim todo o ambiente ao seu
redor. E mesmo assim você estará em foco perfeito. Este é o foco que a moto
exige: o foco do meu caminho, da direção e de tudo que há à volta. A moto é
como a vida. É ela que diz a você quando mudar a marcha, você não escolhe. Tem
de ficar em sintonia com ela. E essa é a sintonia que a gente tem de ter com a
vida. Quando é que eu não posso acelerar? Quando é que devo ir mais devagar? A
moto é uma filosofia de vida. Se você não ouvir e sentir, cai. Existe uma frase
no budismo que diz assim: “Vá reto por uma estrada cheia de curvas”. As pessoas
pensam que você vai entrar na curva e se matar, mas não é nada disso. Seja
macio na curva, seja a curva quando ela aparece. E isso a moto ensina, a ser
flexível.” Monja Coen foi uma das primeiras mulheres a guiar uma moto no Brasil
e a única a comandar um templo budista. Independentemente de nossa religião, as
palavras acima são de grande valia para todos nós.
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