segunda-feira, 30 de junho de 2014

NEWS/ ATUALIDADES.(20-06-2014)

O PASSEIO !!! – Contos de Santarém - 67
Quase todo sábado a tarde, juntamos a turma dos Harleyros, com o pretexto de ir comer um sanduba em Alter, colocamos as motos na estrada. Combinamos encontrar no posto da Borges Leal as 16h, e todos foram chegando, por ultimo sempre Rubão, que para acordar e sair de casa, é um parto. Sempre diz: - Estou chegando, isso quer dizer, uma meia hora estou aí. Pois é, quando todos finalmente chegaram, paramentados, jaquetas e coletes nos trinques, motos abastecidas, saímos! - Ney, Rubens, Wilker, Fabricio, Ilvan, e eu, e colocamos as crianças na estrada, Alter na proa!. O clima estava ótimo, a estrada sem movimento, enfim, perfeito para os 30 km até o paraíso. Colocamos Ney de Capitão do trem, e fomos embora, eu atrás dele, de vez em quando, dando uma empurrada para ele acelerar um pouco mais, porque se deixar, ele vai a 50km, admirando a paisagem! – Lá chegando, paramos primeiro no Pedro, na praça, para tomar um refrigerante, e olhar o movimento, chamando bastante a atenção, as seis Harleys enfileiradas, com alguns banhistas pedindo para tirar fotos com as motos. E quando o biquíni era ótimo, até aceitávamos tirar a foto juntos. – Meia hora depois, dalí fomos para o Lindo, comer o melhor sanduba que alguém pode querer. -  As 19h, barriga cheia, muita conversa jogada fora, gozações pra todo lado, já de noitinha, chuviscando, pegamos a estrada de volta. – Como o pessoal não tem muita experiência ainda com as motos grandes, a maioria recentes nas Harleys, fui sorteado para voltar na frente. Saímos já no escuro e na toada de 90/100km retornamos. – Apesar do chuvisco perturbando a volta, tudo estava bem, até as duas lombadas em descida perto de São Braz. – Vi 100m a minha frente um ônibus descendo a lombada, e desaparecendo nela. Diminui a marcha, para deixar o ônibus descer na minha frente as duas lombadas, e no final da curva lá embaixo, passaríamos ele. Quando cheguei em cima da lombada para desce-la, a uns 80km/h, de repente, vejo a 50m a minha frente, o ônibus parado no meio da estrada. Freiei a traseira, e apertei a dianteira também, a moto escorregou no asfalto molhado, e vi a frente do ônibus crescer rápido na minha frente. Lembrei-me, que sempre alertam para não bater de frente, que é hemorragia na certa, e a traseira do ônibus crescendo rápido na minha frente, e a moto derrapando no chão  molhado. Como a minha Harley, uma Electra, pesa meia tonelada, mais os meus 95kg, são quase 600kg, e para freiar isso tudo mesmo no chão seco, leva tempo. Pois é, a traseira do ônibus nunca mem pareceu tão grande, e estava chegando rápido, ... muito rápido!. – Em fração de segundos pensei, para a esquerda não dá para ir, posso bater de frente com outro carro que vem em sentido contrario na outra mão. O negócio é ir para a direita, e sem mais delongas, joguei a moto para o pequeno acostamento com capim, pulando fora dela, virando-me para a esquerda para cair de frente, tentando ficar o mais longe possível quando ela caísse no chão. – Como a criança tem dois mata-cachorros, deitou-se neles, e foi escorregando pela beira do asfalto até parar na terra. Eu, caí amparando-me nas duas mãos, rasgando no tombo a calça jeans, e o sapato de couro, ralando-me todo. – O pessoal atrás de mim, cada um a 20m um do outro, vendo a minha queda, tiveram tempo de freiar e desviar. Ney colocou a moto dele na frente do ônibus para que ele não saísse, e muito puto, xingando o motorista de tudo quanto era nome, dando murros no vidro, mandava que ele abrisse a porta. O maluco vendo que a coisa estava feia, pela “cagada “ que fizera, trancou a porta, e ficou alí com cara de bunda. – Como é que pode um maluco, de noite, chovendo, parar um ônibus no meio da estrada, abaixo de uma lombada. Imagina se vem um caminhão, ou mesmo outro ônibus atrás, mata no mínimo uns 10.  Realmente, coisa de doido varrido, preguiça mental!. E o Ney e o resto da turma, tentando abrir as portas, para dar porrada no motorista, e ele agarrado no volante, travado, olhando o vazio. Enfim, estava um circo! – Rubão e Ilvan me ajudaram a levantar, fui até o motorista, e perguntei-lhe pela fresta da janela, se estava doido, que aquilo que fizera era loucura, que matasse a filha da puta da mulher dele com sua irresponsabilidade, mas não pessoas inocentes. - Enfim, chamei o pessoal, mandei que ele saísse dalí antes que outro acidente ocorresse, e deixei que fosse embora. - Não passava de um irresponsável, um pobre maluco, guiando um ônibus, infelizmente. – O ônibus era da empresa “Eixo Forte”! - Alerto para que escolham melhor seus motroristas antes que matem alguem! – Pensei em processa-los com uma boa indenizatória para que aprendessem a ter mais cuidado, mas o dono não tem como saber o que fazem, ou decidem fazer seus motoristas, no dia a dia, infelizmente. Mas mesmo assim é responsável pelos atos deles! – Enfim ! - Colocamos minha Harley de pé, nenhum arranhão nela, graças aos mata-cachorros, só eu esfolado, arranhado, calça rasgada, e sapato inutilizado. Liguei-a, pegou de primeira, e continuamos nosso retorno para Santarém, todos vivos, graças a Deus!. – A vida é assim, em segundos, tudo acontece. - Devemos sempre, tomar cuidado com o inesperado, e com os outros, porque de idiotas, imbecis, e irresponsáveis, ... o mundo está cheio!!! – Então, todo sábado, continuamos a ir comer nosso sanduiche em Alter de Chão com as bênçãos e a proteção de minha Santa Mãe, e meu Deus. – Amém!!!.  
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A ARTE DE VIVER JUNTO !

Conta uma lenda dos indios Sioux que certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas a tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram: - Pai, nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nós nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. – Há algo que possamos fazer. – E o velho emocionado ao ve-los tão jovens, tão apaixonados, e tão ansiosos por uma palavra disse: - Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas difíceis. – Tu Nuvem Azul, deve escalar o monte ao Norte da aldeia, apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e traze-lo aqui com vida até o 3° dia depois da Lua Cheia. – E tu Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono, lá em cima encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com uma rede deverás apanha-la, trazendo-a para mim viva. – Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão. No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves. – O velho sábio tirou-as dos sacos e constatou que eram aves magnificas, formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido. – E agora o que faremos ?  Os jovens perguntaram. – Peguem as aves, e amarrem uma a outra pelos pés, com essa tira de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres. Eles fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros. – A Aguia e o Flacão tentaram voar, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. – Minutos depois, irritadas pela impossibilidade de voar, as aves se arremessaram uma contra a outra bicando-se até se machucarem. – Então o velho sábio disse: - Jamais se esqueçam o que estão vendo, esse é meu conselho. Voces dois, são como a Aguia e o Falcão, se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais aarrados. Libere a pessoa que você ama, para que ela possa voar com as próprias asas, e assim dizendo, tirou a tira de couro das aves, e ambas alçaram voos majestosas, felizes, para os céus. – Essa é uma verdade no casamento, e também nas  relações familiares, de amizade, e profissionais. – Respeite o direito das pessoas de voarem rumo ao sonho delas, livres!

                     “A lição principal, é saber que somente livres, ... as pessoas são capazes de amar”

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