Nos meus 15 anos aprendi a começar a entender meu País através das explicações de Joelmir, primeiro nas revistas, depois na televisão. Era um dos únicos jornalistas que conseguia traduzir o economes em simples portugues. - Mente privilegiada, inteligencia maravilhosa, tino jornalistico excelente. Vai fazer muita falta para todos nós. - Marcou não só a minha vida como a de todos os brasileiros. Voce meu amigo e professor, fez a diferença. Descanse em paz!!!
Meu
pai. O melhor pai que um jornalista pode ser. O melhor jornalista que um filho
pode ter como pai. Preciso dizer algo mais para o melhor Babbo do mundo que
virou o melhor Nonno do Universo? Preciso. Mas não sei. Normalmente ele sabia
tudo. Quando não sabia, inventava com a mesma categoria com que falava sobre o
que sabia. Todo pai é assim para o filho. Mas um filho de jornalista que também
é jornalista fica ainda mais órfão. Nunca vi meu pai como um super-herói.
Apenas como um humano super. Só que jamais imaginei que ele pudesse ficar
doente e fraco de carne. Nunca admiti que nós pudéssemos perder quem só nos fez
ganhar. Por isso sempre acreditei no meu pai e no time dele. O nosso. Ele me
ensinou tantas coisas que eu não sei. Uma que ficou é que nem todas as palavras
precisam ser ditas. Devem ser apenas pensadas. Quem fala o que pensa não pensa
no que fala. Quem sente o que fala nem precisa dizer. Mas hoje eu preciso
agradecer pelos meus 46 anos. Pelos 49 de amor da minha mãe. Pelos 75 dele. Mais
que tudo, pelo carinho das pessoas que o conhecem, logo gostam dele.
Especialmente pelas pessoas que não o conhecem, e algumas choraram como se
fosse um velho amigo. Uma coisa aprendi com você, Babbo. Antes de ser um grande
jornalista é preciso ser uma grande pessoa. Com ele aprendi que não tenho de
trabalhar para ser um grande profissional. Preciso tentar ser uma grande
pessoa. Como você fez as duas coisas. Desculpem, mas não vou chorar. Choro por
tudo. Por isso choro sempre pela família, Palmeiras, amores, dores, cores,
canções. Mas não vou chorar por algo mais que tudo que existe no meu mundo que
são meus pais. Meus pais, que também deveriam se chamar minhas mães, sempre
foram presentes. Um regalo divino. Meu pai nunca me faltou mesmo ausente de
tanto que trabalhou. Ele nunca me falta por que teve a mulher maravilhosa que é
dona Lucila. Segundo seu Joelmir, a segunda maior coisa da vida dele. Que a
primeira sempre foi o amor que ele sentiu por ela desde 1960. Quando se
conheceram na rádio 9 de julho. Onde fizeram família. Meu irmão e eu. Filhos do
rádio. Filhos de um jornalista econômico pioneiro e respeitado, de um âncora de
TV reconhecido e inovador, de um mestre de comunicação brilhante e trabalhador.
- Meu pai. Eu sempre soube que jamais seria no ofício algo nem perto do que ele
foi. Por que raros foram tão bons na área dele. Raríssimos foram tão bons pais
como ele. Rarésimos foram tão bons maridos. Rarissíssimos foram tão boas
pessoas. E não existe outra palavra inventada para falar quão raro e caro
palmeirense ele foi. Mas sempre é bom lembrar que palmeirenses não se comparam.
Não são mais. Não são menos. São Palmeiras. Basta. Como ele um dia disse no
anúncio da nova arena, em 2007, como esteve escrito no vestiário do Palmeiras
no Palestra, de 2008 até a reforma: “explicar a emoção de ser palmeirense a um
palmeirense é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… é
simplesmente impossível!. A ausência dele não tem nome. Mas a presença dele
ilumina de um modo que eu jamais vou saber descrever. Como jamais saberei
escrever o que ele é. Como todo pai de toda pessoa. Mais ainda quando é um pai
que sabia em 40 segundos descrever o que era o Brasil. E quase sempre
conseguia. Não vou ficar mais 40 frases tentando descrever o que pude sentir
por 46 anos. Explicar quem é Joelmir Beting é desnecessário. Explicar o que é
meu pai não estar mais neste mundo é impossível. Nonno, obrigado por amar a
Nonna. Nonna, obrigado por amar o Nonno. Os filhos desse amor jamais serão
órfãos. Como oficialmente eu soube agora, 1h15 desta quinta-feira, 29 de
novembro. 32 anos e uma semana depois da morte de meu Nonno, pai da minha mãe guerreira,
Lucila. - Joelmir José Beting foi encontrar o Pai da Bola Waldemar Fiume nesta
quinta-feira, 0h55.
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