sexta-feira, 30 de agosto de 2024

NEWS / ATUALIDADES. (30-08-24)

 O MISTÉRIO DE JULIO VERNE.

Verne previu algo parecido com a internet em uma peça inédita até o final do século XX (“Paris no século XX”). E não foi publicada na sua época por causa da sua concepção catastrófica da vida e da sociedade, curiosamente, muito semelhante à atual. Verne também imaginou a televisão e o helicóptero, assim como a subida ao poder do Nacional Socialismo na figura de Hitler. O primeiro submarino foi outra das suas fantasias tornadas realidade. O maravilhoso Nautilus de “20.000 léguas submarinas” não só deslumbrou os leitores pela sua originalidade, mas também pela auto-suficiência do aparelho que permitia viver no mar sem tocar terra firme. No entanto, são suas obras “Da Terra à Lua” e “Em volta da Lua”, que alicerçaram a fama profética de Verne. Nelas, o escritor fornece detalhes precisos que, posteriormente, deixaram os especialistas chocados quando o homem pôs o pé na Lua pela primeira vez. Nesses romances Verne escolheu os EUA como país financiador do projeto e o estado da Flórida para o lançamento; um lugar muito próximo do Cabo Canaveral. E ainda mais: no romance, a aterragem também ocorre no mar, a apenas quatro milhas do local onde a Apollo 11 desceu. Tanto a velocidade da cápsula como as suas dimensões se aproximam muito das reais daquele Apollo 11 tripulado, também por três astronautas. Tudo isto prova que Verne foi um poço de ciência. Embora também exista a crença de que fez parte de uma sociedade secreta milenar (a maçonaria) e teve acesso a dados que poucos homens conheciam. Sua atração pela criptografia foi traduzida em muitas das suas obras e há quem encontre um mundo oculto e esotérico até nos nomes dos seus personagens.

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A VELOCIDADE DO SOM!

Porque é que os aviões a jato emitem um halo estranho quando ultrapassam a velocidade do som? Os aviões a jato são máquinas incríveis que conseguem voar mais rápido do que a velocidade do som, que é de cerca de 1.192 km/h (741 mph) ao nível do mar e 20 °C (68 °F). Quando o fazem, por vezes criam um halo estranho à sua volta, que se parece com um anel ou cone branco. Este fenómeno é chamado de cone de vapor ou colar de choque e está relacionado com o estrondo sónico que a aeronave produz. Um estrondo sónico é um ruído forte que ocorre quando um objeto viaja pelo ar mais rapidamente do que as ondas sonoras que cria. Isto faz com que as ondas sonoras se acumulem e formem uma onda de choque, que é uma mudança repentina de pressão e densidade. A onda de choque viaja em forma de cone atrás da aeronave, com a aeronave na ponta. O ângulo do cone depende da velocidade da aeronave e, quanto mais rápida for a aeronave, mais estreito será o cone. A onda de choque afeta o ar em redor da aeronave e diminui a sua pressão e temperatura. Isto faz com que a humidade do ar se condense em pequenas gotículas, que formam uma nuvem visível. A nuvem surge como um halo em redor da aeronave, seguindo o formato da onda de choque. A nuvem desaparece rapidamente, à medida que o ar volta à pressão e temperatura normais e as gotículas evaporam. O cone de vapor nem sempre é visível e depende da humidade e da temperatura do ar.

Quanto maior for a humidade e menor for a temperatura, maior será a probabilidade de formação do cone de vapor. Depende também da altitude e do ângulo da aeronave, e é mais provável que se forme quando a aeronave está perto do solo e a voar num ângulo acentuado. O cone de vapor não é prejudicial para a aeronave ou para os passageiros e não afeta o desempenho ou a estabilidade da aeronave. É apenas um efeito visual que mostra a potência e a velocidade do avião a jato.

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Os primeiros Jogos Olímpicos

Foram realizados em 776 a.C, em Olímpia, Grécia. Esses jogos foram um evento significativo na cultura grega antiga e marcaram o início de uma tradição que continuaria por mais de um milênio. Eles foram realizados em Olímpia, um santuário no oeste do Peloponeso dedicado a Zeus, o rei dos deuses gregos. Segundo a lenda, os jogos foram fundados por Hércules (Hércules) ou por Pélope, um herói da mitologia grega, em homenagem a Zeus. O estabelecimento histórico é atribuído ao Rei Ífito de Élis, que, segundo a tradição, organizou os jogos para trazer paz entre os estados gregos em guerra. Os primeiros Jogos apresentaram apenas um evento, a corrida de estádio, que era uma curta corrida de aproximadamente 192 metros (um estádio). Os competidores eram todos homens e tinham que ser gregos nascidos livres. Eles competiam nus, uma prática que simbolizava os ideais gregos de aptidão física e apreciação estética do corpo humano. Os jogos faziam parte de um festival religioso em homenagem a Zeus, eventos atléticos eram interligados com cerimônias religiosas, incluindo sacrifícios e oferendas aos deuses. As Olimpíadas serviram como um evento unificador para as várias cidades-estados gregas, promovendo um senso de identidade e cultura compartilhadas, esses jogos foram uma das poucas vezes em que uma trégua (a trégua olímpica, ou ekecheiria) foi observada, permitindo que atletas e espectadores viajassem com segurança de e para Olímpia. Com o tempo, os jogos se expandiram para incluir uma variedade de eventos, como luta livre, corrida de bigas e pentatlo (compreendendo corrida, salto, lançamento de disco, lançamento de dardo e luta livre).

O evento era realizado a cada quatro anos, um período conhecido como Olimpíada, isso se tornou uma forma de marcar o tempo no mundo grego antigo, e desempenhou um papel crucial na vida cultural da Grécia antiga, promovendo ideais de excelência (arete), competição (agon) e honra (tempo). O registro de vencedores e eventos em Olímpia forneceu uma das primeiras cronologias sistemáticas da história grega. As Olimpíadas antigas inspiraram o renascimento dos Jogos Olímpicos modernos em 1896 por Pierre de Coubertin, estabelecendo uma tradição global de competição atlética que continua até hoje.

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A PIPOCA.

As pipocas têm uma história fascinante que remonta a milhares de anos. Este popular lanche evoluiu humildemente nas antigas civilizações para se tornar um ícone da cultura moderna, especialmente associado ao cinema. O milho, o ingrediente principal das pipocas, é originário das Américas. As primeiras evidências do consumo de pipocas remontam a mais de 5.000 anos, encontradas em escavações arqueológicas no México. Os antigos povos indígenas já conheciam a arte de torrar os grãos de milho para explodir suas cascas e desfrutar deste delicioso e crocante sanduíche. Durante a época pré-colombiana, as pipocas eram consumidas por várias culturas indígenas em toda a América, incluindo os astecas e os incas. Não só eram comidos como alimento, mas também usados em cerimônias religiosas e decorações. Com a chegada dos colonizadores europeus à América, as pipocas se tornaram conhecidas na Europa. No entanto, foi só no século XIX nos EUA que as pipocas começaram a ganhar popularidade como lanche. Em 1885, Charles Cretors de Chicago inventou a primeira máquina comercial de pipocas, o que permitiu a produção em massa e a venda de pipocas frescas em feiras e circos. O verdadeiro boom da pipoca veio com a indústria cinematográfica no século XX. Durante a Grande Depressão, a pipoca se tornou um lanche acessível e popular nos cinemas. Os proprietários de salas de cinema começaram a instalar máquinas de pipoca em seus lobbys, e logo as pipocas se tornaram parte integrante da experiência cinematográfica. Atualmente, as pipocas continuam sendo um lanche muito popular em todo o mundo. Existem muitas variedades e sabores, desde as tradicionais pipocas amanteigadas até versões gourmet com ingredientes como caramelo, queijo e especiarias. Além disso, a preparação de pipoca evoluiu com a tecnologia, incluindo microondas e máquinas de ar quente. As pipocas não são apenas deliciosas, mas também relativamente saudáveis, especialmente quando preparadas sem excesso de gordura ou açúcares. Eles são uma boa fonte de fibras e antioxidantes, o que os torna uma opção de lanche nutritivo. A história da pipoca é um testemunho de como um simples grão pode transformar a cultura alimentar e se tornar um símbolo de entretenimento e diversão. Das antigas civilizações às modernas salas de cinema, as pipocas percorreram um longo caminho e continuam a ser favoritas no mundo dos lanches.

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A HISTÓRIA DO BANHO.

Os primeiros relatos históricos sobre o hábito de se tomar banho remontam à época dos antigos egípcios. Atualmente, o desenvolvimento tecnológico e medicinal nos passa uma falsa impressão de que o hábito de tomar banhos, assim como outros cuidados com a higiene pessoal, se aprimorou com o passar do tempo. Um dos mais famosos casos que refutam essa afirmação se encontra na própria história do Brasil, quando os portugueses se intrigavam com o hábito dos nativos de se banharem por diversas vezes ao dia. Contudo, as peculiaridades sobre o banho não param por aí. Entre os antigos egípcios é onde encontramos os mais antigos relatos sobre o hábito de se tomar banho. Segundo documentos de mais de 3000 anos, o ato de tomar banho era sagrado e parecia ser uma forma de purificar o espírito do indivíduo. Não por acaso, eles tomavam cerca de três banhos em um só dia. Para muitos especialistas, o ritual acabou afugentando essa civilização de várias epidemias e pragas comuns à Antiguidade. Na lendária civilização cretense, os banhos faziam parte dos intervalos que ordenavam a realização de banquetes. Sendo um dos povos que participaram da formação da civilização grega, os cretenses tiveram essa tradição mantida pelos povos que habitaram a Hélade. Para os gregos, o contato com a água integrava o processo de educação de seus jovens. De acordo com as várias representações da época, o indivíduo bem ensinado tanto dominava a leitura, assim como praticava a natação. No decorrer da Antiguidade, os romanos, visivelmente influenciados pela cultura grega, ampliaram a recorrência do hábito realizando a construção das famosas termas. Uma terma consistia em um edifício repleto de vários salões que contavam com vestiários, saunas e diversas piscinas. Ligeiramente semelhantes aos resorts do mundo contemporâneo, algumas dessas construções romanas também contavam com bibliotecas, jardins e restaurantes. Se no Império Romano as pessoas não tinham o menor pudor de se banharem nesses locais públicos, na Idade Média a coisa mudou bastante de figura. O papa Gregório I foi um dos mais importantes precursores do repúdio ao banho ao dizer que o contato com o corpo era via mais próxima do pecado. Dessa forma, o tomar banho se transformou em uma atividade anual e acontecia em um simples barril de água. Fora disso, os asseios diários eram feitos pelo uso de panos úmidos.

Se no Ocidente a moda do banho estava em baixa, os povos orientais trataram de manter o hábito bem ativo entre os seus comuns. Nos países de origem turco-árabe temos ainda hoje as hamans, luxuosas casas de banho onde os muçulmanos tomam banho, depilam, passam por sessões de massagem, branqueiam os dentes e se maquiam. Com o advento das Cruzadas, entre os séculos XI e XIII, o hábito de tomar banho ganhou algum espaço nos fins da Idade Média. Nos séculos XVI e XVII, as noções de saúde e doença mais uma vez se tornou uma afronta ao hábito de se tomar banho regularmente. Nessa época, os médicos acreditavam que as doenças consistiam em manifestações malignas que tomavam o corpo do indivíduo por meio de suas vias de entrada. A partir dessa premissa, a classe médica concluiu que o banho em excesso alargava os poros da pele e, com isso, deixava o sujeito suscetível a uma doença. Somente no século seguinte, com a ascensão da ciência iluminista, que o banho foi redimido como um meio de se cuidar da saúde. Contudo, as várias décadas de uma cultura avessa ao contato do corpo com a água conseguiu manter certa resistência ao banho. Em vários relatos do século XIX, temos a descrição de doentes que foram obrigados a tomar banho à força. A popularização do banho só aconteceu de fato no Ocidente a partir da década de 1930. Nessa época, a lavagem do corpo era realizada aos sábados, mesmo dia em que as peças íntimas das crianças eram trocadas. Após a Segunda Guerra Mundial, o processo de reconstrução de várias casas permitiu que os chuveiros fossem disseminados por toda a Europa. Atualmente, nosso banho deixou de ser um ato público, mas ainda é premissa fundamental para que os outros tenham uma boa impressão da limpeza de cada um de nós.

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